Encontro reúne transplantados de coração e pacientes que aguardam na fila
O primeiro grupo terapêutico para pacientes do Ambulatório do SUS que aguardam pelo transplante de coração se reuniu semana passada na Santa Casa de Londrina. Já transplantados, Edmilson Cruz de Andrade e Verônica Aparecida Pereira participaram do encontro para contar como foi a espera deles e como é ter um novo coração.
“É normal você levar um choque, mas ou você para de sonhar ou você continua sonhando. Para continuar sonhando você tem de buscar ajuda e agora vocês tem este acompanhamento, o que é melhor”, afirmou Verônica. Pacientes e familiares compartilharam experiências com ela e Edmilson e se identificaram com a história dos dois. “Vocês estão aqui como um espelho, para olharmos para frente”, comentou a filha de um dos pacientes.
Além das histórias, dúvidas de como se sentiu depois do transplante, como foi o tratamento da equipe médica e quantos remédios tomou e toma após a cirurgia fizeram parte da conversa. Os convidados também fizeram perguntas sobre tratamento de cada paciente e trocaram números de telefone. “Depois que você fizer o transplante, me liga e me conta que você está bem”, pediu Edmilson para os participantes do grupo.
Verônica – Diagnosticada com miocardiopatia dilatada, ganhou uma nova vida em 19 de março do ano passado, após três anos na fila de espera. Com 48 anos, ela pretende voltar a estudar e fazer trabalho voluntário. Hoje, aproveita o tempo livre para ficar com o neto de sete meses. “Foi a melhor coisa que poderia ter me acontecido. Com um ato de amor e carinho da família, eu fui resgatada”, agradece.
Edmilson – Aos 24 anos foi diagnosticado com cardiopatia congênita. Foram cinco anos na fila de espera por um transplante, dois períodos em coma, duas paradas cardíacas e inclusive uma tentativa de transplante - devido as más condições climáticas, o avião que traria o coração não pode decolar - até que recebesse uma nova chance em 28 de setembro de 2012. Dois anos após o transplante Edmilson completou a família com o nascimento do filho, Pedro Lucas, hoje com nove meses. “Quando fizer o transplante vai conseguir fazer tudo o que você queria fazer. Só de você poder sonhar de novo é bom”, ressaltou.
O grupo terapêutico envolve quatro pacientes do Ambulatório do SUS que aguardam por um transplante e é coordenado pela CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) da ISCAL. Palestras de apoio foram realizadas como um preparo para os encontros do grupo. O próximo tema abordado é a alimentação. O objetivo de cada encontro é apoiar quem está na fila, diminuir a ansiedade e tirar dúvidas inclusive de familiares.
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Assessoria de Comunicação | ISCAL
Fotos: Assessoria ISCAL