Especialista em dor do Canadá fala sobre estimulação transcraniana para médicos da Iscal
A médica especialista em dor crônica, Suzy Ngomo, do Canadá, esteve na Santa Casa de Londrina apresentando resultados do uso da TMS (Estimulação Magnética Transcraniana) na avaliação e tratamento da dor. Ela se reuniu com médicos do corpo clínico da Iscal com o objetivo é compartilhar sua expertise com a TMS.
Ngomo explica que a TMS é indicada para dores refratárias, aquelas em que não há uma melhora com medicamentos ou outros métodos. A técnica é indicada, por exemplo, para casos de depressão, esquizofrenia, fibromialgia, Alzheimer, dores causadas por AVC e amputação de membros. “A melhora é em longo prazo. Um estudo com pacientes com fibromialgia na Universidade de Quebec em Chicoutimi mostrou uma melhora de 60% da dor”, relata a especialista.
O anestesiologista, Marcos Parron Fernandes, diretor clínico da Santa Casa de Londrina, se diz impressionado com a magnitude da redução da intensidade da dor. “Uma sessão traz um alívio da dor ou até mesmo a ausência por cerca de 10 dias após a estimulação magnética. Além disso, trata-se de uma ferramenta totalmente indolor”, ressalta.
Esses resultados são possíveis, de acordo com Ngomo, a partir do modelo mais avançado do equipamento lançado há apenas dois anos, ao custo de 300 mil dólares. Ela destaca que somente cinco países contam com essa tecnologia completa, ainda não disponível no Brasil. Em Chicoutimi, Ngomo utiliza uma parte do equipamento, que exige também o conhecimento em neuronavegação para a interpretação dos dados. “Estamos trabalhando para que Chicoutimi, no Canadá, e a Santa Casa de Londrina, no Brasil, sejam o sexto e o sétimo países com essa tecnologia completa”, destaca Ngomo.
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Assessoria de Comunicação | ISCAL
Fotos: Arquivo Iscal