Linha de crédito
Santa Casa presta contas de R$ 10 milhões recebidos via Fomento Paraná
Os recursos são para reestruturação de dívidas com fornecedores. Negociações com 62 fornecedores resultaram em redução de 24% na dívida
Os hospitais da Iscal (Irmandade da Santa Casa de Londrina) estão reestruturando as dívidas com 62 fornecedores graças a linha de crédito especial do BNDES Saúde, liberada por meio da Fomento Paraná, a financeira do governo do Estado. A Iscal é a primeira instituição filantrópica de saúde beneficiada com o financiamento no Paraná. Essa semana, a diretoria da Iscal prestou contas dos recursos, em evento com representantes da Fomento Paraná e da Femipa (Federação das Misericórdias e Hospitais Beneficentes do Paraná), além de autoridades.
As negociações com os 62 fornecedores possibilitaram reduzir a dívida de R$ 13.141.000,00 para R$ 10 milhões – valor do empréstimo. Uma redução de 23,9%. “Isso foi possível porque o dinheiro está disponível para pagamento imediato”, acredita o superintendente da Iscal, Fahd Haddad. O dinheiro foi liberado em março, quando começaram as negociações e pagamento dos fornecedores. A maior parte da dívida, 80%, estava concentrada em metade dos fornecedores. São os fornecedores de materiais de alto custo, como órteses e próteses.
“Esse crédito é fundamental para que pudéssemos reequilibrar essas dívidas e continuar o atendimento ao SUS (Sistema Único de Saúde)”, argumenta. Juntos, os hospitais da Iscal prestam em média 300 mil atendimentos ao ano (dados de 2017). Desses, 78% são destinados a pacientes do SUS. O atendimento ao SUS é um dos critérios para obtenção dessa linha de crédito da Fomento Paraná. A Iscal tem 8 anos para quitar o empréstimo.
A linha de crédito especial para a saúde no Paraná foi criada a partir de iniciativa da Femipa. “A conta das Santas Casas é difícil de fechar. Por isso essas parcerias são tão importantes”, defende o vice-presidente da Femipa, José Pereira. Superintendente administrativo da Santa Casa de Maringá, ele lembra que os hospitais filantrópicos são responsáveis por 50% de todo atendimentos ao SUS no Brasil e 70% dos atendimentos de alta complexidade.
“A Santa Casa chegou na frente e cumpriu todos os critérios, além de ter uma gestão de otimização operacional que possibilitou o financiamento”, parabenizou o assessor de Mercado da Fomento Paraná, Luiz Renato Hauly. Na saúde, ele explica que a Fomento financia também projetos para modernização em geral das instituições e melhoria da gestão.
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Assessoria de Comunicação | ISCAL
FOTOS: Elvira Alegre