Voluntariado
Projeto usa o origami como atividade terapêutica no Hospital Infantil
O bem-estar chega dobrado nas manhãs de terça e quinta-feira no Hospital Infantil. Quem se encarrega disso é o professor de inglês Manoel Silva, ou melhor, Origamito San, que como o próprio nome indica, conduz oficinas de origami com mães e pacientes do Hospital.
“O origami promove uma troca. A pessoa aprende uma arte e propaga para múltiplos benefícios”, ressalta Origamito. Ele defende que o origami transforma os pensamentos negativos em positivos e, ainda, os duplica. Este trabalho voluntário é parte do projeto Saúde Dobrada, que é uma espécie de terapia ocupacional. Socialização, foco, motivação e memorização são alguns dos benefícios enumerados por Origamito.
A experiência de Cintia Almeida é um exemplo disso. Residente em Terra Boa (180 km de Londrina), ela esteve no Hospital por quatro meses consecutivos, desde que a última filha nasceu, e é uma das primeiras participantes do projeto. “A gente se concentra no que está fazendo e esquece os problemas. Já fiz 440 peças para montar um cisne”, conta.
Na opinião da assistente social do Hospital, Melissa Benício, o projeto é uma oportunidade para aliviar a angústia dos pacientes e das mães. “A oficina diminui o sofrimento dessas pessoas que acabam ficando aqui por longos períodos”, destaca Melissa.
Integração no figuro – O chapéu em formato de icosaedro (20 triângulos), a marca do Origamito, nunca se conclui: cada participante das oficinas acrescenta um novo desenho q
ue vai renovando o acessório. Assim, o personagem se transforma e leva com ele um pedaço de cada aluno.
A filha de Cintia estava em estado grave na UTI com um problema congênito e faleceu uma semana após a entrevista.
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Assessoria de Comunicação | ISCAL
Fotos: Arquivo ISCAL