postado em 10.06.2015
Remoção da fimose
Mutirão cirúrgico atende 11 crianças no primeiro dia no Hospital Infantil
Um mutirão cirúrgico foi a saída encontrada para agilizar uma fila com 150 crianças aguardando pela remoção da fimose – a postectomia. No primeiro dia do mutirão no Hospital Infantil, no começo de junho, onze crianças, com idades entre 3 e 9 anos, foram beneficiadas.
Um dos pacientes atendidos é João Antonio, 5 anos. A cabeleireira Rosilene Inácio Muniz, mãe do menino, conta que aguardava pela cirurgia há 3 anos. “Ele reclamava de dor para fazer xixi, fazia aos pouquinhos. Esse mutirão é ótimo porque quanto antes operar é melhor”, ressalta. Menos de uma hora depois, na saída do filho do centro cirúrgico, Rosilene recebeu as orientações dos médicos: uma semana sem ir para escola, um mês sem andar de bicicleta nem jogar bola, além dos cuidados com o curativo e o retorno ao Hospital.
A ideia da coordenadora do mutirão, a cirurgiã pediátrica Ides Sakassegawa, é repetir a ação a cada três semanas, sempre aos sábados, podendo beneficiar até 150 crianças. Todos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Londrina e região. Assim, o próximo mutirão deve ocorrer ainda em junho. Os pacientes aguardam pela cirurgia no Hospital Universitário (HU) que está em greve e, portanto, com restrições nos procedimentos eletivos como é o caso das postectomias.
Além da médica Ides Sakassegawa, sete médicos entre cirurgiões, anestesistas e residentes estão envolvidos no mutirão: a cirurgiã pediátrica Andréia Miyazaki; as anestesistas Amália Tamae Okamoto e Juliane Cavalheiro; os residentes de Medicina do HU: André Fernando Tannouri Garbin, Karina Miura da Costa, Sandro José de Oliveira e Paulo Gasparetto. Integrantes do corpo clínico do Infantil, as médicas Ides e Andréia também são docentes do HU.
163 postectomias em 2015 – O Hospital Infantil realiza, em média, 30 postectomias/mês. O que representa 18% do total de 170 cirurgias/mês realizadas no Hospital. Só neste ano, o Infantil já realizou 163 postectomias.
A fimose - É a dificuldade ou até impossibilidade de expor a glande (ou cabeça do pênis) porque o prepúcio (prega da pele que envolve a glande) estreita a passagem.
Quando o descolamento do prepúcio não ocorre naturalmente na primeira infância, o tratamento da fimose é cirúrgico. O ideal é que a cirurgia seja feita na infância. Com isso, facilita a higiene do pênis, diminui o risco de inflamações e infecções do prepúcio e da glande, além de permitir relações sexuais mais confortáveis na vida adulta.
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Assessoria de Comunicação | ISCAL
Fotos: Arquivo ISCAL