25/07/2011
Conquistando espaços
Setor de Transportes da ISCAL comemora a chegada da primeira mulher motorista
A sutileza e a determinação femininas chegam na condução das ambulâncias e outros veículos do setor de Transporte da ISCAL. Até bem pouco tempo conduzido exclusivamente por homens, o setor acaba de ganhar a primeira mulher motorista. Ela é Juliana Vicente Reis, carteira de habilitação D, 34 anos, e também comemora pela primeira vez o Dia do Motorista (25 de julho).
A estreia da mulher no setor em janeiro, foi a realização de um sonho de Juliana. “Eu sempre quis ser motorista profissional”, conta. Ela lembra que há três anos tentava atuar no ramo e mesmo sem conseguir uma vaga como motorista, Juliana, que é casada e mãe de um casal de filhos, precisava trabalhar. Em junho de 2009, foi admitida na ISCAL como auxiliar administrativa do Hospital Infantil e na época nem poderia imaginar que a realização de seu sonho se aproximava.
Uma seleção interna para o setor de Transporte trouxe a tão esperada oportunidade. A instituição procurava uma mulher para o cargo de motorista e Juliana não perdeu tempo. “Fiquei sabendo por uma amiga do trabalho e aproveitei", lembra. Hoje Juliana integra uma equipe de 10 motoristas na ISCAL, sendo, até o momento, a única mulher conduzindo os veículos. Depois dela, outras duas mulheres foram admitidas no setor, mas em funções administrativas, incluindo a nova gerente Josette Abrantes Martini, que também administra o Hospital Mater Dei.
Testada – e aprovada – pelos colegas
Nova profissão, novos desafios. Juliana recorda que os homens do setor testavam sua competência o tempo todo. "Perguntavam se eu queria que eles entrassem aqui ou ali com os carros”, conta, ressaltando que nunca admitiu esse tipo de ajuda. “Fui contratada para isso", completa.
O motorista Geraldo Ferreira, há cinco anos na ISCAL, confirma que os homens do setor aplicaram um teste de conhecimento e humor na recém-chegada. “Colocaram um cartaz para que olhasse a água da Kombi. Desconfiada, ela perguntou se precisava mesmo olhar”, comenta Geraldo entre risos. Foi aí que perceberam o conhecimento dela. “Na Kombi não vai água porque tem injeção eletrônica”, completa o motorista. "A contratação da Juliana é um marco na história da Santa Casa. Ela se mostra que é ótima motorista e acaba com o estigma que mulher dirige mal”, afirma.
E assim, em poucos meses, Juliana conquistou o respeito dos colegas de setor. “Eles são super bacanas e hoje me tratam de igual pra igual”, comemora. Geraldo ainda destaca duas qualidades na motorista: calma e paciência. E Juliana concorda. Na opinião dela, o trânsito é um teste constante para os motoristas. “Paciência é a palavra-chave para dirigir bem, principalmente quando levamos pacientes”, ensina.
Em tempo:
Dados da Gerência de Recursos Humanos mostram que Juliana é um dos 40 funcionários da ISCAL de janeiro a julho que souberam aproveitar as seleções internas para ser promovida.
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Fonte: Paulo Ferreira - estagiário Assessoria de Comunicação/ISCAL
Fotos: Arquivo/ISCAL